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Mostrando postagens de 2015

Especial Portos: presidente da ABTP avalia os dois anos da nova lei 12.815

Dando continuidade a edição especial da coluna Logística Portuária sobre uma análise a respeito da nova lei dos portos, a 12.815, após dois anos de sua implantação, nesta semana ouviremos o presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários, ABTP, Wilen Manteli. Na visão do presidente, as mudanças esperadas devem ocorrer agora, com a implementação do plano de concessões em infraestrutura, lançado recentemente pelo governo federal. “Entendemos que a descentralização da gestão dos portos é fundamental, para que a força criativa das comunidades locais esteja a serviço do desenvolvimento de cada porto e que as relações entre governo e empresas superem o clima de desconfiança e insegurança jurídica, transformando-se em autênticas parcerias público-privadas”, avisa. Manteli declara que a iniciativa privada pode atuar mais no setor portuário nacional participando da gestão. “A ABTP propõe a substituição do atual modelo das companhias docas e autarquias estaduais pela figura da

Empreender, buscar uma solução criativa: a sorte está em nossas mãos

Um  estudo do Instituto Data Popular detectou que pelo menos 28% dos brasileiros com mais de 18 anos querem abrir seu próprio negócio (cerca de 38,5 milhões de pessoas) e, segundo o instituto, a pesquisa incluiu dois mil pessoas, de 140 municípios brasileiros. Mas abrir um negócio não é fácil: tem que estar sempre atento, avaliar bem o mercado e, principalmente, ter uma estratégia envolvendo as metas que se pretende alcançar. Muitos países adotam políticas no sentido de apoiar os jovens empreendedores, e as áreas de tecnologia e serviços são as grandes beneficiárias dessas ações. Na edição da coluna Logística Portuária dessa semana vamos abordar as soluções criativas adotadas por países desenvolvidos. Na Holanda, por exemplo, a Stichting Jong Ondernemen é uma entidade que há mais de 23 anos presta assistência aos jovens empreendedores. Dentre outras ações, realiza cursos em instituições de ensino e orienta na abertura de pequenas empresas através de consultorias. Áreas de serviços e

Dois anos depois o que mudou com a nova lei dos portos

Na coluna Logística Portuária vamos analisar os dois anos de implantação da Lei 12.815/13, também conhecida como a nova Lei dos Portos. O que de fato mudou e o que ainda não mudou em relação aos portos brasileiros, considerado como um dos grandes gargalos do país em relação ao escoamento de cargas. Com a palavra o diretor da Associação de Comércio Exterior do Brasil, AEB, Aluisio Sobreira, que faz um balanço da nova lei. Para ele, o desdobramento positivo ocorreu na implantação de terminais privados. “O novo marco retirou restrições e passou a permitir que os terminais pudessem movimentar livremente carga de terceiros”. Porém ele faz algumas críticas: “o mesmo não ocorreu com os arrendamentos de áreas e instalações nos portos públicos, cujo resultado até o momento é insignificante. Os novos arrendamentos – cerca de 160, anunciados após a edição da Medida Provisória nº 595/12 que precedeu a Lei nº12.815/2013 – passados três anos, ainda não tiveram suas licitações materializadas”. P

Noruega: um exemplo do bom uso dos fundos do petróleo

A produção mundial de petróleo alcança cerca de 88 milhões de barris diários. Esse volume, que esconde uma super dependência mundial do produto, tem suas consequências: poluição, oscilações financeiras relacionadas ao preço do barril, que atualmente está entre US$ 60 a US$ 70 o barril, e ainda os impactos relacionados ao excesso de oferta oriunda da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, Opep, em recusar reduzir seu teto de produção. Num mundo em constante mudanças, um exemplo chama a atenção: o uso que a Noruega está dando aos fundos soberanos, estimados em US$ 815 bilhões. Na edição dessa semana da coluna Logística Portuária vamos analisar a estratégia norueguesa de destinação dos fundos soberanos. Conhecido pela produção de petróleo, esse país – com cerca de 5 milhões de habitantes – acumula êxitos obtidos com as políticas do estado de bem-estar-social. Expectativa de vida superior a 80 anos, gastos em 9,7% do PIB com saúde, 7,7% do PIB em educação, índice zero de ana

A experiência de Coreia do Sul e Finlândia : reflexões sobre erros e acertos

por Alessandra Nascimento (*) As experiências de Coreia do Sul e Finlândia são exemplos para os países latino-americanos, em especial o Brasil. A adoção de medidas de médio e longo prazos, sobretudo, utilizando um plano de educação permanente ao longo dos últimos 40 anos para assegurar desenvolvimento tecnológico e resultados. Há que se ter em conta o modo como o Estado orientou a indústria – voltando as atenções para o mercado externo, sem o uso de políticas protecionistas, iniciativa essa implementada nas economias latino-americanas. Ressalta-se também a tolerância zero com a corrupção. Vamos analisar a fundo nessa semana na coluna Logística Portuária o que tornou essas economias em modelo para os países em desenvolvimento. Em comum, possuem industrialização tardia: a Coreia do Sul se industrializou nos anos 70 com setores químico e siderúrgico, já nos anos 90 investe em microprocessadores. No começo, a orientação era a aprendizagem através da copia de objetos, imitação por dupl

América Latina: propostas de crescimento

Por Alessandra Nascimento (*) A economia global está baseada em um mundo no qual a ausência de fronteiras deixou de ser um sonho ou uma opção para se converter em realidade. Pensar estrategicamente alternativas de crescimento para a América Latina inicia numa autoanalise dos erros históricos e opções não assertivas. No mundo pós OMC – com seus acordos e comprometimentos a que estão sujeitos os países membros – essa reflexão é essencial para o futuro. Os impostos praticados pelos países latino-americanos a nível regional quando comparado aos da União Europeia, por exemplo, nos mostram assimetrias que ajudam a propagar e aumentar ainda mais as assimetrias da região. Um plano que incorpore governos, sindicatos de trabalhadores e entidades empresariais a exemplo do pacto social Irlandês deve ser melhor avaliado entre as partes buscando sempre garantir um desenvolvimento mais socialmente igualitário. Na coluna Logística Portuária dessa semana vamos analisar uma visão estratégica para o d

El socio asiático avanza, el bloque regional hiberna

Por Raul Ochoa*  El viaje a América del Sur del primer ministro chino y su visita a Brasil, Colombia, Perú y Chile se inscribe en la ofensiva de inversiones, créditos y afianzamiento de su estrategia geopolítica de ocupar espacios, sacando provecho de la enorme acumulación de reservas de su etapa anterior de desarrollo, donde obtuviera saldos muy favorables de su balance comercial y de la balanza de cuenta corriente hasta llegar a 3,8 billones de dólares. La actual etapa es diferente en varios sentidos, pero uno de los más destacados es la creación de vínculos bilaterales, regionales y multilaterales a través de bancos, el de BRICS que comienza a funcionar este año, el de Infraestructura para el Desarrollo de Asia que ha dejado en soledad a Estados Unidos y Japón y el de la “nueva ruta de la seda”, que es por tierra y mar, atravesando el Océano Índico para llegar al puerto del Pireo (Grecia) que es de su propiedad. En América del Sur, hay un socio preeminente, Brasil, destino

A internacionalização de empresas e a competitividade industrial

por  Alessandra Nascimento (*) O ato de internacionalizar uma empresa é algo mais do que simplesmente vender os produtos do país de origem ao exterior. A coluna Logística Portuária dessa semana vai tratar desse tema: a internacionalização de empresas. Primeiro, vale ressaltar que ela envolve investimentos diretos em terceiros países – que pode ser desde uma simples representação comercial até a uma instalação produtiva – para se tornar mais competitivo internacional e nacionalmente. Pensando estrategicamente, estamos falando no aumento das vendas e da lucratividade, market share, diminuição da dependência do mercado nacional e isso se mostra excelente ferramenta para momentos de crise, a partir da melhoria da capacidade ociosa da empresa, acesso a novas tecnologias. As perguntas a serem feitas pelo gestor da empresa quando começa a pensar em se internacionalizar devem ser: meu produto está apto a competir no mercado internacional? Para onde vou exportar ? Como devo realizar a expo

Os desafios para uma integração regional

por Alessandra Nascimento (*) A falta de uma maior integração regional está sobre os principais problemas da América do Sul. Vamos abordar este tema na coluna Logística Portuária dessa semana. Integrar para competir num mundo cada dia mais globalizado é uma ferramenta eficaz para assegurar o desenvolvimento econômico. Neste contexto é possível perceber tentativas tais como os projetos de integração regional com o Chile – ligação entre o estado do Mato Grosso do Sul até o oceano Pacífico – passando pela Bolívia destinando-se até o porto do Chile.  Ao todo seriam 2,7 mil quilômetros e impactariam reduzindo em 30% os custos da soja e diminuindo em sete dias a viagem até a China. É interessante recordar que outras duas alternativas também seriam alvo de estudos em substituição ao percurso em solo boliviano: uma via Paraguai e a terceira passaria pelo território argentino, ambas com destino final também no Chile Entretanto, de acordo com o Departamento Técnico do Sistema Federação d

Economia criativa: a oportunidade da América Latina

por Alessandra Nascimento * Todos os países da América Latina e Caribe (ALC) juntos representam 1.200 solicitações anuais de patentes segundo a Organização Mundial de Propriedade Intelectual. O número equivale a apenas 10% dos pedidos da Coreia do Sul, que tem 12.400. Outra situação que chama a atenção é que, enquanto a região responde por apenas 2,4% dos investimentos mundiais em pesquisa e desenvolvimento, EUA e Canadá são 37,5% delas e a Ásia, 25,4%. Importante ainda destacar que desses 2,4% que competem a ALC, a maior parte é dividida em três países da região – Brasil (66%), México (12%) e Argentina (7%). Na coluna Logística Portuária dessa semana vamos abordar a importância da economia criativa como oportunidade de desenvolvimento para a América Latina. Recentemente a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro lançou um estudo buscando avaliar o grau de participação da economia criativa na economia nacional. O “Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil” apontou

Sugestão de leitura: El siglo de los mercados emergentes

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A sugestão de leitura da AN Comunicação & Marketing dessa semana vai para o livro   El siglo de los mercados emergentes de Antoine Van Agtmael. Boa leitura sobre o atual momento global.

Logística: Questão de Prioridade Nacional

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Alessandra Nascimento * Os problemas com a logística representam sérios entraves ao desenvolvimento e afetam seriamente economiado país. De acordo com um estudo do Instituto Logística e Supply Chain (Ilos), em 2012 os custos logísticos no Brasil ultrapassaram os 11,5% do PIB. Outro dado que merece ser friamente analisado foi apresentado pela Associação Brasileira do Agronegócio que cita que os problemas de logística e de infraestrutura geram perdas de 15% sobre o Valor Bruto de Produção (VBP), atualmente estimados em R$ 25 bilhões. Se faz a cada ano mais evidente os esforços para deslocamento e posterior exportação da produção brasileira. Os entraves, sensivelmente visíveis no país, também são compartilhados pelos nossos vizinhos na América do Sul em maior ou menor escala. Para discutirmos melhor esse tema, a coluna Logística Portuária desta semana conversou com consultor do conselho argentino de relações internacionais e expert em comércio internacional, Raul Ochoa.

Infraestrutura: o gargalo nosso de cada dia

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Alessandra Nascimento* As questões envolvendo a logística e os custos de transportes têm sido alvo de várias discussões no mundo. Os problemas, velhos conhecidos dos brasileiros são compartilhados também por argentinos, chilenos, uruguaios, dentre outros. Para uma maior reflexão sobre esse tema a coluna Logística Portuária  desta semana procurou o economista da Abeceb, consultoria de economia e negócios mais importante da Argentina, Mauricio Claveri. Ele faz menção as questões relacionadas à infraestrutura que acabam por interferir no preço dos produtos. “Um estudo da Organização Mundial do Comércio aponta que os custos de transporte dentro dos países membros do Mercosul são entre 20% a 30% mais altos que as tarifas praticadas o que impacta na perda da competitividade quando comparado com países de outros blocos econômicos”, avalia. Pertinente a essa questão, Claveri alerta para os impactos nas projeções de crescimento dos países. “A infraestrutura – precária e de

Os novos desafios do Brasil na visão do presidente da AEB

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Alessandra Nascimento* Mesmo enfrenando problemas internos como a insegurança jurídica e os entraves do chamado Custo Brasil o país vem se firmando como líder na América do Sul. Para conversar cum pouco mais sobre essas questões a coluna  Logístico Portuária  entrevistou o presidente da Associação de Comércio Exterior, AEB, José Augusto de Castro.Ás vésperas do Encontro Nacional de Comercio Exterior, Enaex, a ser realizado entre 7 e 8 de agosto no Rio de Janeiro, a 33 a edição tem como tema “Propostas para a Redução de Custos no Comércio Exterior”. Castro revela que no ano passado o país ocupou a 22ª posição no ranking de país exportador e teve participação de 1,32 % nas exportações mundiais, depois de ter atingido 1,41% em 2011. “Desde então o Brasil tem mostrado quedas, devendo cair uma vez mais em 2014 para 1,22%.Em contrapartida, a crescente demanda por produtos importados nos últimos anos fez o Brasil alcançar a 21ª classificação no ranking de país importador e ati

Os benefícios da cabotagem para a economia brasileira

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Alessandra Nascimento * A melhoria da competitividade brasileira começa por serviços de transporte mais modernos e adequados às realidades do mercado global. Segundo a pesquisa Confederação Nacional dos Transportes, CNT de Rodovias 2014, o modal rodoviário sozinho, responde por 60% do transporte de cargas no país e 90% do deslocamento de pessoas. A necessidade de se ter uma logística mais dinâmica é o tema dessa semana da coluna Logística Portuária. Na ultima edição do índice de competitividade global do Fórum Econômico Mundial, o Brasil aparece na 122ª posição dentre os 144 países pesquisados. Países como o Chile (31ª), Suriname (70ª), Uruguai (90ª), Bolívia (95ª), Peru (102ª) e Argentina (110ª) estão melhor posicionados em relação ao nosso país que é considerado uma das dez maiores economias do planeta. Voltando à pesquisa da CNT, ela identificou que cerca de 49,9% do pavimento das rodovias brasileiras apresenta algum tipo de deficiência e ainda há pontos crít

A força das pequenas e micro empresas no desenvolvimento e crescimento do país

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Viviane Valente     "O desenvolvimento das pequenas e micro empresas é fundamental para o crescimento sustentável da economia de um país" As pequenas e micro empresas detêm um papel importante para a economia de um país e contribuem eficazmente para seu desenvolvimento e crescimento. Através da valorização desse segmento de empresas, países como Irlanda e Finlândia saíram do patamar de país agrícola e de baixo desenvolvimento econômico para exportadores de tecnologia e competitividade, obtendo níveis de alto crescimento e desenvolvimento econômico e social. Para alcançar tal nível, estes países adotaram diversas medidas e, dentre elas, incentivaram as pequenas e micro empresas com programas de fortalecimento do setor, a fim de obter força competitiva e tecnológica frente aos grandes do mercado internacional. As medidas utilizadas por Irlanda e Finlândia foram a adoção da redução tributária; a redução da burocracia; a promoção das empresas ao mercado externo;

Comércio Exterior: os desafios da América Latina

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Alessandra Nascimento * Pensar na integração regional é lutar pelo livre comércio, reduzindo ou até mesmo isentando de impostos ou de tarifas alfandegárias e, principalmente, tendo como objetivo crescimento econômico para os países membros a partir de um maior fluxo de capitais e serviços, além da união de povos. Essa é uma premissa básica a qualquer bloco econômico que deseje se manter operante. No mundo atual não se pode apertar as mãos de um parceiro e quando ele vira as costas mudar o discurso.             Pois bem, esse é o dilema atual do Mercosul, cuja falta de sintonia entre os parceiros tende a se acirrar ainda mais com o dinamismo e o crescimento da Aliança do Pacífico, bloco criado recentemente e que vem chamando a atenção na América Latina por adotar medidas eficientes e agregar 15 países como membros observadores.             Agora vamos raciocinar cada um deles pelo seu peso econômico: o Mercosul  - composto por Brasil, Argentina, Uruguai, Venezuela e Par